sábado, 25 de abril de 2015

Gênero Memórias Literárias - 8º ano 2014

A SOGRA, O SONHO E ETERNO AMOR
Autora: Mikaely Dias Ferreira - Aluna do 8º Ano - 2014

            Ah, Minha terra! Vi muita gente nascer e também morrer. Foram passagens alegres e tristes e rostinhos que nunca sairão de meu coração. Muitos nasceram no coração da mata; outros morreram em seus braços. Era época de dias sofridos! O trabalho era árduo e os mosquitos nos picavam dia e noite! O município de Jaru era apenas uma criança que engatinhava para dar os seus primeiros passos rumo à independência.
            Não quero esquecer o meu cantinho no pequeno sítio onde morávamos. Levávamos uma vida dura, difícil e de muita luta, mas possuíamos uma riqueza que hoje muitos desejam: éramos rodeados de uma natureza que encantava a alma. A densa floresta que nos cercava era coberta de árvores enfeitadas com belas flores coloridas, onde o vento cantava e as árvores, ao som desta melodia, faziam uma única coreografia.
            Naquela época, todos tinham as suas obrigações.  Na parte da manhã,  eu ajudava mamãe com a casa e a levar o almoço para papai e os trabalhadores na roça. Eram muitas marmitas com feijão, arroz,  carne ou com outro tipo de mistura. Esperávamos o pessoal almoçar e trazíamos de volta as vasilhas para serem lavadas. À tarde, retornávamos para a roça novamente, levando garrafas com café. Era uma rotina de segunda a sábado. Eu adorava andar pelos trilhos da mata sentindo um leve perfume das flores de ipê tomar conta de mim.
            Quando completei dezessete anos de idade, fui morar na casa do meu marido Gésio e com toda sua família. Por eu ser uma garota de pele clara e pobre, a minha sogra nunca escondeu que sempre me odiou e nunca aceitou o meu casamento com seu filho.  Sujeitei-me a muitas humilhações, até que resolvi voltar para a casa dos meus pais. Eu só retornaria quando conseguíssemos construir a nossa casinha. Já tínhamos um filho e eu esperava uma garotinha com oito meses de gestação.
            Se não me escapada da mente, na manhã de 17 de agosto do ano de 1982, o meu marido chegou onde eu estava e disse-me que ia derrubar uma castanheira para construir a nossa casinha. Hoje é proibido derrubar castanheira, mas naquela época era uma atividade muito comum. Lembro-me que ele deu um beijo nas crianças e, já na porteira, me olhou, deu aquele sorriso cativante e me mandou um beijo à distância. Confesso que meu coração deu pulos de alegria! Mas muito mais intenso que a alegria foi a sensação horrível de mau pressentimento, como se aquele beijo fosse um adeus.
            Ao cair da tarde, avistei o meu sogro, com três rapazes e minha sogra, cabisbaixo e triste, apontando para seu velho e enferrujado carro cor de vinho. Tive medo do que estava por vir... O medo intensificou a minha dor... Como tentativa desesperada de ter certeza de que estava tudo bem, corri em sua direção, quando vi o meu marido sujo. Sujo de terra vermelha... Sujo de sangue que insistia em fazer turismo para fora do seu corpo. Ficamos em silêncio. E o silêncio naquele momento me dizia tudo. Sem acreditar... Sem ação... Sem voz... O sonho e o futuro tão planejado, destruído rapidamente.
            Em meio ao silêncio, eu ouvi uma voz de injustiça que nunca se apagará da minha memória. A minha sogra me dizia que eu não era digna de ver o seu filho, pois eu era a grande culpada. Mas eu não era culpada... O meu marido tirou a castanheira da natureza... E a natureza tirou o meu marido de mim.
            Quebrando aquela atmosfera densa que nos rodeou, o meu sogro disse: “Não faça isso mulher! Pois presenciei o último suspiro do nosso filho. E enquanto eu tirava os galhos de cima dele, senti uma mão me apertando fortemente e um sussurro que dizia: - Pai cuida dos meus filhos e da minha mulher. Fala para ela que eu sempre a amarei, mesmo não estando por perto...”
            Aquelas palavras soaram como um infinito eco em minha cabeça. Aquele eco persistia nas palavras do nosso filho, que chamava pelo pai dia e noite e quando a minha sogra tentou tirá-lo de mim... O tempo passou. Mas aquele eco ainda insiste martelar em minha cabeça, ao assistir ao verdor das florestas rondonienses sendo engolido pelo faminto motosserra em nome do progresso. Aquele eco persistirá sempre que olhar para uma árvore em flor que permanece majestosa sob o vento, que traz à minha mente o cheiro do passado, despertando em mim lembranças tão profundas, e enterrando em meu peito toda a dor e a saudade do meu amado e eterno amor. 


(Texto baseado na entrevista feita com o Sra. Geuza Dias Ferreira)

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Atividades 8º ano - Interpretação de texto e gramática

Leia o texto abaixo.

Vamos imaginar que a indústria farmacêutica desenvolveu uma pílula que pudesse prevenir doenças do coração, obesidade, diabetes e reduzir o risco de câncer, osteoporose, hipertensão e depressão.  Já temos esse remédio. E não custa nada. Está a serviço de ricos e pobres, jovens e idosos. É a atividade física.
(Gro Harlem Brundtland, diretora geral da OMS – Organização Mundial da Saúde) Folha de São Paulo, 6 abr. 2002.

1.  De acordo com o texto, o remédio que não custa nada e está a serviço de ricos e pobres, jovens e idosos
a) é uma pílula fabricada pela indústria farmacêutica.
b) só é encontrado nas farmácias.
c) é a atividade física.
d) ainda não existe.

Leia o texto abaixo.
O cachorro

As crianças sabiam que a presença daquele cachorro vira-lata em seu apartamento seria alvo da mais rigorosa censura de sua mãe. Não tinha qualquer cabimento: um apartamento tão pequeno que mal acolhia Álvaro, Alberto e Anita, além de seus pais, ainda tinha de dar abrigo a um cãozinho! Os meninos esconderam o animal em um armário próximo ao corredor e ficaram sentados na sala à espera dos acontecimentos. No fim da tarde a mãe chegou do trabalho. Não tardou em descobrir o intruso e a expulsá-lo, sob os olhares aflitos de seus filhos.
Granatic, Branca. Técnicas Básicas de Redação.

2.  No texto, fica claro que haverá um conflito entre as crianças e a mãe, quando as crianças
a) resolvem levar um cachorro para casa, mesmo sabendo que a mãe seria contra.
b) levam para casa um cachorro vira-lata, e não um cachorro de raça.
c) decidem esconder o animal dentro de um armário.
d) não deixam o animal ficar na sala.

Leia o texto abaixo.

Jéssica veio do céu

Jéssica é somente uma garota de 11 anos (...). Mas tem a coragem de uma leoa e a calma de um anjo da guarda. Na noite de domingo, a casa em que ela mora se transformou num inferno que ardia em chamas porque um de seus irmãos causou o acidente ao riscar um fósforo. Larissa, de 7 anos, Letícia, de 3, e o menino de 8, que involuntariamente provocou o incêndio, foram salvos porque Jéssica (apesar de seus 11 anos) se esqueceu de sentir medo. Mesmo com a casa queimando, a garganta sufocando com a fumaça e a porta da rua trancada por fora (a mãe saíra), a menina não se desesperou. Abriu a janela de um quarto e através dela colocou, um por um, todos os irmãos para fora. Enquanto fazia isso, rezava. Ninguém sofreu sequer um arranhão. Só então Jéssica pensou em si própria. E sentiu muito medo. Pulou a janela e disparou a correr.
Revista Veja. São Paulo: Abril, 18 de fevereiro de 2004.

3. No trecho “Larissa, de 7 anos, Letícia, de 3 anos, e o menino de 8, que involuntariamente provocou o incêndio, foram salvos porque Jéssica (apesar de seus 11 anos) se esqueceu de sentir medo”, o trecho destacado se refere a (ao)
a) Larissa (de 7).
b) Letícia (de 3).
c) menino (de 8).
d) Jéssica (de 11).

Leia o texto abaixo.

Tatuagem

Enfermeira inglesa de 78 anos manda tatuar mensagem no peito pedindo para não proceder a manobras de ressuscitação em caso de parada cardíaca. (Mundo Online, 4, fev., 2003)

Ela não era enfermeira (era secretária), não era inglesa (era brasileira) e não tinha 78 anos, mas sim 42; bela mulher, muito conservada. Mesmo assim, decidiu fazer a mesma coisa. Foi procurar um tatuador, com o recorte da notícia. O homem não comentou: perguntou apenas o que era para ser tatuado.
– É bom você anotar – disse ela – porque não será uma mensagem tão curta como essa da inglesa. Ele apanhou um caderno e um lápis e dispôs-se a anotar.
– “Em caso de que eu tenha uma parada cardíaca” – ditou ela –, “favor não proceder à ressuscitação”. Uma pausa, e ela continuou:
– “E não procedam à ressuscitação, porque não vale a pena. A vida é cruel, o mundo está cheio de ingratos.” Ele continuou escrevendo, sem dizer nada. Era pago para tatuar, e quanto mais tatuasse, mais ganharia. Ela continuou falando.(...). Àquela altura o tatuador, homem vivido, já tinha adivinhado como terminaria a história (...). E antes que ela contasse a sua tragédia resolveu interrompê-la.
– Desculpe, disse, mas para eu tatuar tudo o que a senhora me contou, eu precisaria de mais três ou quatro mulheres.
Ela começou a chorar. Ele consolou-a como pôde. Depois, convidou-a para tomar alguma coisa num bar ali perto.
Estão vivendo juntos há algum tempo. E se dão bem. (...). Ele fez uma tatuagem especialmente para ela, no seu próprio peito. Nada de muito artístico (...). Mas cada vez que ela vê essa tatuagem, ela se sente reconfortada. Como se tivesse sido ressuscitada, e como se tivesse vivendo uma nova, e muito melhor, existência.

(Moacyr Scliar, Folha de S. Paulo, 10/03/2003.)

4-  O fato gerador do conflito que constrói a crônica é a secretária
(A) ser mais jovem que a enfermeira da notícia.
(B) concluir que a vida não vale a pena.
(C) achar romântica a história da enfermeira
(D) ter se envolvido com o tatuador.

5 -  Um trecho do texto que expressa uma opinião da mulher é
(A) “Mesmo assim, decidiu fazer a mesma coisa.”
(B) “O homem não comentou; perguntou apenas o que era para ser tatuado.”
(C) “A vida é cruel, o mundo está cheio de ingratos.”
(D) “Ela começou a chorar. Ele consolou-a como pôde.”

6 - (valor: 0,3) O trecho do texto que retrata a consequência após o encontro da secretária com o tatuador é
(A) “Foi procurar um tatuador, com o recorte da notícia”.
(B) “Ele apanhou um caderno e um lápis e dispôs-se a anotar”.
(C) “E antes que ela contasse a sua tragédia resolveu interrompê-la”.
(D)” Estão vivendo juntos há algum tempo. E se dão bem”.

7  No período: “estamos tão envolvidos com a violência, que tendemos a acreditar que o mundo nunca foi tão violento como agora”, o sujeito da locução verbal em destaque é indeterminado.
a) (    ) verdadeiro                     b) (      ) falso                                     


8  “Arranjaram este mês um trabalho esquisito...” analisando esta frase isoladamente do contexto, podemos dizer que o seu sujeito é

( A ) desinencial (oculto), pois não aparece escrito, mas podemos identificá-lo.
( B ) simples, pois apresenta apenas um núcleo.
( C ) indeterminado, pois não podemos determinar quem arranjou um trabalho.
( D ) composto, pois apresenta mais de um núcleo.

9-  Numere de acordo com o caso.

( 1 ) sujeito oculto (2) sujeito indeterminado.

a)       (     ) Entregaram o cheque hoje pela manhã.
b)      (      ) Olhávamos as vitrines.
c)      (     ) Falou-se pouco sobre as reformas sociais.
d)      (     ) Com saudade, saí à procura do meu amigo.
e)       (     ) Coloquei os sapatos no chão.

10 – Complete as frases com uma das formas verbais entre parênteses, de acordo com a norma-padrão da língua.
a) Na reunião de pais só _____________ mães. (haviam/havia)
b)  ________________ dois meses que não vou à aula. (Fazem/Faz)
c) _______________ para dez anos que me aposentei. (Vai/Vão)
d) No inverno passado, _____________  na Flórida. (nevou/nevaram)
e) ______________um dia abafado e aborrecido. (Era/eram)

11 -  Reescreva as frases a seguir, indeterminando o sujeito das orações. Empregue o verbo na 3ª pessoa do plural.
a) O secretário falou de tudo na reunião.
b) Contemplei os livros, os quadros e as outras coisas.
c) Os advogados do réu usaram de todos os meios possíveis.
d)  Várias testemunhas depuseram na Delegacia a favor do acusado.

12 -  Reescreva as frases a seguir, empregando o verbo na 3ª pessoa do singular + o pronome se.
a) Eu ganhei a fama de valente.
b) Enviamos circulares a todos os chefes de seção.
c) Uma medalha de ouro destinamos ao campeão de natação.
d) O mágico tirava coelhos da cartola.

13 -  Reescreva os textos seguintes na forma de diálogo, ou seja, usando o discurso direto.
a) A patroa disse-lhe que não queria aquela funcionária em sua casa. 

b) Vanessa perguntou a Mário se o carro dele era novo.

14. 
O texto abaixo esta no discurso direto. Reescreva-o no discurso indireto.
a)  O vendedor informou:
- Eu garanto a marca deste produto.

b) - Esta casa é a única coisa que eu tenho - respondeu o pobre homem.


BOA APRENDIZAGEM!!!!

Atividades sobre VERBOS

1. Reescreva todos os verbos das questões abaixo.
a) Os escritores e professores fizeram uma boa conferência. 
b) Muitos agricultores, por medo, não desenvolveram a agricultura. 
c) Entregaram o cheque hoje pela manhã. 
d) Olhávamos as vitrines. 
e) As testemunhas reproduziram o acidente no depoimento. 
f) Falou-se pouco sobre as reformas sociais. 
g) Com saudade, saí à procura do meu amigo.
h) A cadeira de balanço e o tricô inacabado lembravam-me os tempos de infância.

2 – Leia o texto e faça o que se pede.
Cores
  As cores podem interferir no estado de espírito das pessoas. Quer saber como?

Vermelho: estimula a circulação sanguínea e abre o apetite. Desperta o senso de competitividade e é, portanto, ideal para práticas esportivas.
Violeta: acalma o coração, diminui o medo e a angústia.
Azul: relaxa os músculos e favorece a meditação. Em roupas, aumenta a tranquilidade, mas seu uso constante pode acabar gerando preguiça.
(O Guia dos Curiosos. São Paulo: Cia. da Letras, 1995.)

Coloque os verbos destacados no texto no infinitivo e informe a qual conjugação pertencem. Veja o exemplo: ESTIMULA: verbo estimular, 1ª conjugação.

3. Sublinhe os verbos e escreva o que cada um deles expressa (ação, estado ou fenômeno da natureza)
a) O telefone tocou seguidamente no meu quarto.
b) Fui com ele ao parque de diversões.
c) Lá fora ventava forte, com o prenúncio de uma grande chuva. 
d) Meu pai estava furioso com a minha demora.
e) Pedro corria pela calçada com seus patins novos.


4 - Indique os o RADICAL, a VOGAL TEMÁTICA, o TEMA e as DESINÊNCIAS dos verbos abaixo. Veja o modelo:

Cantarei: R = cant-        VT= -a T= canta                      DES= rei


a) falara R________VT____T____________DES_______________
b) namoraria R________VT____T____________DES_______________
c) sorríssemos R________VT____T____________DES_______________
d) perdemos R________VT____T____________DES_______________
e) jogamos R________VT____T____________DES_______________
f) cantássemos R________VT____T____________DES_______________
g) gostara R________VT____T____________DES_______________
                                                                                                                            
5.  Indique a pessoa e o número dos verbos em destaque.
a) Coloquei os sapatos no chão. 
b) Gostaremos de viajar de avião. 
c) Quando escreverem, contem tudo. 

Interpretação do texto "Por que temos febre?"

POR QUE TEMOS FEBRE?

Temperatura alta é sinal de que seu organismo está sendo atacado por micróbios. Você acorda e parece que o dia será como outro qualquer. Pula da cama, mas um cansaço logo toma conta do seu corpo. Então, você volta para o quarto e se esconde debaixo do cobertor. Sente frio e, em seguida, começa a suar. O coração às vezes acelera, a respiração fica ofegante e suas bochechas ficam vermelhas como um tomate. É ela, a febre, que veio te pegar!
 Calma! A febre não é um monstro. É apenas um sinal de que o seu organismo está sendo atacado por microorganismos nocivos à saúde. Só fique atento para não confundir. Febre com situações que levem ao aumento de temperatura corporal, como se agasalhar e se exercitar muito. Em geral, a febre vem acompanhada de algum outro sintoma, que pode ser dor de garganta, dor de ouvido, manchas pelo corpo, diarréia, vômito etc. Nestes casos, pode apostar que alguma doença está para chegar.
 Na verdade, a febre é resultado da ação de uma substância chamada prostaglandina.O nome é difícil de pronunciar, mas sua função é relativamente simples: Levar ao cérebro a mensagem de que é necessário aumentar a temperatura do corpo para sinalizar que há algum micróbio invasor em atividade. Alertas ligados! Nosso sistema Imunológico, ou melhor, de defesa, se prepara para combater a infecção. Às vezes, o organismo não conta desse combate sozinho e precisa da ajuda de medicamentos para reagir melhor. É por isso que, quando não melhoramos da febre, vamos ao médico para nos consultar e tomar o remédio certo.
                  YAMAMOTO, Renato. Por que temos febre? Ciência Hoje das Crianças, São Paulo,n. 143, jan/fev. 2004
01.     A febre é
a)    um sinal de que o organismo está sendo atacado.
b)    uma doença causada por microorganismos.
c)    um efeito de situações como se agasalhar ou se exercitar muito.
d)    um fenômeno sem importância, que não merece atenção.

02.  O trecho “o nome é difícil de pronunciar, mas sua função é relativamente simples”, e se refere à
a)    temperatura do corpo.
b)    prostaglandina.
c)    febre.
d)    doença.


     03.    Quando diz que “a febre não é um monstro” o autor quer dizer que a febre
a)    é uma doença perigosa.
b)    não deve nos assustar demais.
c)    não é causada por monstros.
d)    é um sinal de que nosso corpo está saudável.

04.    A prostaglandina faz com que o cérebro aumente a temperatura do corpo para
a)    assustar os micróbios invasores para que eles deixem o nosso corpo.
b)    causar uma infecção grave em alguma parte do corpo.
c)    avisar o organismo de que é necessário comprar medicamentos.
d)    avisar o sistema imunológico da presença de um  micróbio invasor.

05.  Este texto apresenta as informações
a)     explicando as reações do organismo quando se tem febre.
b)    descrevendo os sintomas de uma doença muito grave.
c)     listando as doenças que os monstros apresentam.
d)    informando que os esportes podem causar febre

06.  Qual a finalidade do texto “Por que temos febre?”
(A) Contar uma história.                        (C) Dar instrução.
(B) Divertir o leitor.                               (D) Informar o leitor.

07. As palavras destacadas no texto indicam:
(A) ação.                                             (C) nome de alguma coisa.        
 (B) lugar.                                            (D) características.       

08. Como classe gramatical, as palavras destacadas são denominadas de:
(A) substantivos.                                   (C) verbos.       
 (B) adjetivos.                                      (D) pronomes. 


Interpretação de texto "O leão e o ratinho"

O LEÃO E O RATINHO
Um leão, cansado de tanto caçar, dormia espichado à sombra de uma boa árvore. Vieram uns ratinhos passear em cima dele e ele acordou.
Todos conseguiram fugir, menos um, que o leão prendeu embaixo da pata. Tanto o ratinho pediu e implorou que o leão desistiu de esmagá-lo e deixou que fosse embora.
Algum tempo depois, o leão ficou preso na rede de uns caçadores. Não conseguia se soltar, e fazia a floresta inteira tremer com seus urros de raiva.
Nisso, apareceu o ratinho. Com seus dentes afiados, roeu as cordas e soltou o leão.
Uma boa ação ganha outra.

Fonte: Esopo. Ler e escrever: Livro de textos do aluno/Secretaria da Educação, FDE. São Paulo: FDE, 2008

01 - O leão conseguiu se soltar da rede dos caçadores porque
(A) prendeu o ratinho com a pata.
 (B) desistiu de esmagar o ratinho.
(C) deixou o ratinho ir embora.
(D) o ratinho roeu as cordas.

02 - A fábula O leão e o ratinho quer
(A) ensinar o leitor, com diferentes situações
(B) descrever as relações dos animais na floresta.
(C) revelar grandes segredos ao leitor.
(D) contar sobre a fuga do leão.

03 - A expressão que apresenta uma qualidade, revelando a opinião do narrador na fábula O leão e o ratinho é
(A) “fazia a floresta inteira tremer”.
(B) “todos conseguiram fugir”.
(C) “cansado de tanto caçar”.
(D)”dormia espichado”.

04 – As características do texto “O leão e o ratinho”, tais como – o tipo de personagens e a presença de moral, exemplificam o texto conhecido como
(A) receita.
(B) fábula.
(C) campanha publicitária.
(D) história em quadrinhos.



sábado, 11 de abril de 2015

Texto, contexto e intertexto


Texto é, literalmente, um tecido verbal estruturado de tal forma que as ideias formam um todo coeso, uno, coerente. A imagem de tecido contribui para esclarecer que não se trata de feixe de fios entrelaçados (frases que se inter-relacionam).
Todas as partes de um texto devem estar interligadas e manifestar um direcionamento único. Assim, um fragmento que trata de diversos assuntos não pode ser considerado texto. Da mesma forma, se lhe falta coerência, se as ideias são contraditórias, também não constituirá um texto. Se os elementos da frase que possibilitam a transição de uma ideia para outra não estabelecem coesão entre as partes expostas, o fragmento não se configura texto. Essas três qualidades - unidade, coerência e coesão - são essenciais para a existência de um texto. Um texto é mais ou menos eficaz dependendo da competência de quem o produz, ou da interação de autor-leitor, ou emissor-receptor. O texto exige determinadas habilidades do produtor, como conhecimento do código, das normas gramaticais que regem a combinação dos signos. A competência na utilização dos signos possibilita melhor desempenho.
Textos orais e escritos

Define-se como informações que acompanham o texto. Por isso, sua compreensão depende da compreensão do contexto. Assim sendo, não basta a leitura do texto, é preciso retomar os elementos do contexto, aqueles que estiveram presentes na situação de sua construção.
O contexto deve ser visto em suas duas dimensões: estrutura de superfície e estrutura de profundidade. A estrutura de superfície considerada os elementos do enunciado, enquanto a estrutura de superfície considera os elementos do enunciado, enquanto a estrutura de profundidade considera a semântica das relações sintáticas. Num caso, o leitor busca o primeiro sentido pelo produzido pelas orações; no outro, vasculha a visão do mundo que informa o texto.
O contexto pode ser imediato ou situacional.
O contexto imediato relaciona-se com os elementos que seguem ou precedem o texto imediatamente. São os chamados referentes textuais.
O contexto situacional é formado por elementos exteriores ao texto. Esse contexto acrescenta informações, quer históricas, quer geográficas, quer sociológicas, quer literárias, para maior eficácia da leitura que se imprime ao texto.

Além do contexto, a leitura deve considerar que um texto ode ser produto de relações com outros textos. Essa referência e retomada constante de textos anteriores recebe o nome de paráfrase, paródia, estilização.
A paráfrase pode ser ideológica ou estrutural. No primeiro caso. O desvio é mínimo: varia a sintaxe, mas as ideias são as mesmas. Há apenas uma recriação das ideias. Pode-se entender a paráfrase ideológica como simples tradução de vocábulos, ou substituição de palavras por outras de significado equivalente. No segundo caso há uma recriação do texto e do contexto. O comentário crítico, avaliativo, apreciativo, o resumo, a resenha, a recensão são formas parafrásticas estruturais de um texto.
A estilização exige recriação do texto, considerando, sobretudo procedimentos estilísticos. O desvio em relação ao texto, original é maior do que no caso da paráfrase.
Na paródia, o desvio é total; às vezes invertem-se as ideias, vira-se o texto do avesso. Há uma ruptura, uma deformação propositada, tendo em vista mostrar a inocência do texto original ou simplesmente apresentar outras ideias que o texto original omitiu ou não se interessou em expor.
Textos virtuais: a onda do momento

Os elementos estruturais do texto são: o saber partilhado, a informação nova, as provas, a conclusão.
Por saber partilhado entende-se a informação antiga, do conhecimento da comunidade. De modo geral, o saber partilhado aparece na introdução, um local privilegiando para a negociação com o leitor.
O emissor negocia com o leitor, coloca-se num nível de entendimento, estabelece um acordo, para em seguida, expor informações novas.
A informação nova serve para desenvolver o texto, expandi-lo. O autor considera como não sendo do conhecimento de todos e, portanto, capaz de estimular o leitor a continuar na leitura. A existência de um texto implica ter algo de novo para dizer.
O saber partilhado mais a informação nova não são suficientes para a realização de um texto. É preciso acrescentar provas, fundamentos das afirmações expostas.
O autor do texto cita como prova de suas afirmações o livro. Se o leitor duvidar de suas asserções, poderá recorrer ao livro e chegar às mesmas conclusões que ele.

Ao saber partilhado, à informação nova, às provas o autor junta seus objetivos, pois todo texto visa chegar a algum lugar.
(Fonte:  http://oblogderedacao.blogspot.com.br/2014/04/texto-contexto-intertexto.html)